quinta-feira, 3 de abril de 2014

JOÃO MIGUEL LÉO CASTILHO



Essa foto foi presente para meu esposo de nosso filho tão desejado que se foi...
Estou voltando ao "Poetícias da vida" pois a vida não pode parar...
Meu pequeno guerreiro nasceu com um problema cardíaco, mas como um grande valente, lutou por dias que pareciam eternidades.
Todavia, numa certa tarde, ele cansou... E depois de sorrir para o papai, abrir os olhinhos para mim,  se despediu e foi embora para o seu Criador.
Quem , com tanto sacrifício, gerou um filho dentro se si e com ele nutriu imagens de alegria, amor e esperança, vai entender meu afastamento das "poetícias da vida",  ao ter recebido apenas imagens de dor e sofrimento ao ver seu bebezinho entubado, morrendo... ( Os sons dos aparelhos do CTI ainda ecoam dentro de mim! Talvez ecoem para sempre...)
Certamente, dores não se medem. No entanto, hoje posso dizer que de todas as dores que tive na vida, perder um filho tão amado e querido, é dor sem medida.
Ter que colocar sacos de gelo nos seios para secar o leite que tanto sonhei dar ao meu Príncipe, foi como colocar gelos na alma... Alma que endureceu assim como o "leite", causando uma dor "empedrada"!
Porém, empedrada ou em pedaços, a vida continua... E seguindo o exemplo do maior e mais lindo Príncipe Guerreiro, estou voltando, lutando, tentando ser tão valente quanto ele, meu filhinho João Miguel Léo Castilho, a quem um dia hei de ter em meus braços e dar-lhe todos os beijinhos que tanto sonhei... Queria muito poder lhe dar todo amor que ele merecia, mas não pude...
Tudo que posso é agradecer a Deus pela honra de ser sua mãe e me esforçar ainda que "empedrada" para ser uma pessoa tão nobre e tão valente quanto ele!
Por isso estou de volta, lutando pela vida, pelas "Poetícias da vida" ; e declarando aqui, que nosso Príncipe Guerreiro foi uma das maiores POETÍCIAS que tivemos.

                                                                Andrea Léo Castilho ( Mel)

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